sábado, 2 de maio de 2015

UM BRUXO A FRENTE DE UM PARTIDO

E já se passou um bom tempo desde a Anapirata (Assembléia Nacional do Partido Pirata). Foi um evento inesquecível, onde avançamos para um programa que a meu ver, é o mais libertário e avançado do país. Sem contar que foi maravilhoso conhecer ao vivo pessoas que sempre admirei, e mudar minha opinião sobre outras que não simpatizava tanto. Por outro lado, foi um evento cansativo, principalmente para os que como eu, passaram o sábado e domingo praticamente inteiros debatendo as propostas, da manhã até a madrugada. Pra quem não sabe, fui eleito Coordenador Sul lá. Antes de mais nada portanto, agradeço o voto de confiança dado pelos piratas do sul. Eis justamente aí uma grande demonstração de que o Partido Pirata é extremamente progressista. NUNCA neguei minha fé para quem quer que seja dentro dos debates. Ou seja, é conhecimento comum que sou Wiccano e pratico Bruxaria. E mesmo assim fui posto em uma tarefa que é estratégica dentro do partido. Inclusive tem pessoas que quando estamos debatendo citam "Ah, você é o bruxo!". Nós pagãos (situação provavelmente comum às demais minorias religiosas), sabemos muito bem como somos discriminados, e que no geral é mais seguro manter em segredo nossas crenças dentro da maioria dos diversos ambientes sociais onde estamos. Conheço inclusive, pagãos que são líderes de outros partidos, mas que escondem suas crenças para não irem parar nas fogueiras da ignorância (que no caso da política seria desde perder espaço até ser expulso). Eu pelo contrário, nunca escondi que sou bruxo e inclusive sempre levantei a bandeira do Estado Laico que defende o direito à religião e não religião, citando para isso que eu mesmo faço parte de uma minoria religiosa. Estive nesse intuito entre os que criaram um grupo no face de debate aberto sobre Estado Laico, e aproveitando inclusive deixo o convite a todxs pagãos e demais minorias religiosas que quiserem se somar a este debate de forma autônoma no grupo, ou mesmo aos que quiserem conhecer o partido em si e quem sabe estar conosco nessa construção coletiva. Vão ser muito bem vindos. Voltando ao raciocínio: ver um bruxo dentro da Coordenação Nacional do partido somente mostra o quanto o Piratas é realmente plural e respeitoso, criador sobretudo de uma cultura política nova de tolerância, na prática cotidiana. Max Arcano, da Comissão Nacional do Partido Piratas do Brasil RS

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A Roda da Fortuna e o Mundo

O propósito de ouvir oráculos não é só a pretensão de antecipar alegrias e sofrimentos. É pior do que isto. É a arrogância humana que se pretende modificar o curso do próprio destino. Há muito entendi que posso prevenir, minorar ou agravar meus caminhos. Mas jamais mudá-los. Com passos absurdamente simples, tenho caminhado no rumo da serenidade. Busco identificar as armadilhas da felicidade alimentada por necessidades criadas. Fujo da obrigatoriedade desta felicidade e suas bugigangas, seus produtos e desejos de possuir. Minha trilha é a da paz conquistada pela imensa batalha interna Diuturnamente travada. Meu destino, escrevo-o a cada segundo, a cada pensamento, e cada desejo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Agraciada

Por estes dias, recebi a incumbência de estudar, para reproduzir o aprendizado, as qualidades das ervas e frutos e flores e, enfim, este mundo incrível, fantástico e surpreendente do reino vegetal. Ao meu modo, tento organizar uma forma de classificação. Nada perto das quase 1.500 espécies descritas por Paracelso - nem perto. A constatação mais chocante foi, certamente, a duplicidade de funções: O que serve como chá ao físico, como vermífugo, por exemplo, serve no pçano astral, com outras misturas, para exterminar vermes astrais! E a correspondência é óbvia, lógica, de fácil entendimento! Até o momento classifiquei perto de 60 espécies. Acredito não passar de cem. Até por tratar quase que exclusivamente a rica flora local. Não teria sentido buscar, em outros continentes, o exotismo por vezes agressivo e pouco adaptado apenas para demonstrar a pureza de aprendizado e fundamentos. Comparo o uso de elementos exógenos e exóticos, caros e raros aos cânticos e rezas das missas nem tão longínquas, no mais emaranhado latim, repetido por quem pouco ou nada sabia de seus significados. abri algumas poucas exceções, por não encontrar substitutos nativos: A Oliveira, por exemplo, com suas incomparáveis qualidades de defesa, pacificação, harmonização. Coincidentemente, poucos diaqs antes de encontrá-la na pesquisa, recebi uma pequena muda que parece fadada a vingar. Então, mesmo com as ausências prolongadas em função de muito trabalho, muito empenho na construção de minha casa, muita dediicação nnno estudo a que me propuz, pretendo logo compartilhar minhas pesquisas e conclusões;

domingo, 7 de dezembro de 2014

Em verdade, recompensa!

Houve, sim, um momento em que me senti lesada. Houve um balanço entre o que pensei ter dado e o que soube não ter recebido. Houve um momento em que considerei que ter compartilhado vivência, cultura, sentimentos e aprendizados teria sido entendido como afeto e afinidade. E houve também o instante de frustração por constatar que, sim, minhas memórias, descobertas, meu tesouro - o que carrego na memória- sim! Enriqueceram o saber alheio, acalentaram dores e prazeres! E então reparei que o imaterial e o material, o espiritual, doenças e saúde ofertados e sempre avidamente recebidos, avaramente consumidos, foram somente gotas de tinta jamais capazes de encharcar a esponja da carência egoísta da alma contemplada. Houve o momento de confundir egoímo com necessidade, e então me permiti oferecer muito mais do que o devido apoio. E, óbvio, permiti a desigual partilha, permiti o lento e gradual crescimento do desrespeito e da ingratidão; Ignorei alertas, desconsiderei sinais. Em verdade, não me permiti enxergar o óbvio. Por momentos, cheguei a ruminar alguma auto-comiseração dos lesados. Como boa besta humana, cheguei a crer em reciprocidade! E então entendi o quanto recebi pelo que dei. Aprendi que certos inimigos internos são contagiosos. Que ninguém pode dar o que não possui. Que sim, estas esponjas carentes só estão aptas a receber, dificilmente a compartilhar. Mas, de forma alguma, ouso cobrar entendimento ou autocrítica de quem sempre demonstrou sem muitos disfarces a verdadeira face. Culpa? A minha, de tamanha desatenção e imprevidência. E meu imenso ganho; E esta foi minha gigantesca recompensa: Aprender a nada esperar. Exercitar, atentamente, exaustivamente, a observação e a capacidade de discernir. Não, jamais a ousadia de julgar - quem sou eu, oras?- Sei bem, apenas mais uma aprendiz. Pois justo quando entendi o contágio da auto-piedade compreendi. Lesada? Jamais. Balança de perdas e ganhos? Muito mais ganhei do que dei! Mágoa? Névoa a nublar almas fracas. A mim, pelo que sei e sou, nunca foi, é ou será permitido acumular picuinhas. Como tudo, este aprendizado necessitou anos de equívocos. Não foi a primeira lição, não será a última. Como as anteriores, dolorosas sempre, importante cada uma delas. Ouvi de alguém que já partiu o que finalmente entendi: A desilusão só machuca o incauto que tem ilusões. Reciprocidade, hoje? Peço ao Uniiverso que a compreensão seja estendida a tudo e todos, desejando paz, superação e luz, a mesma luz que me foi piedosamente concedida, a graça de mais um passo na imensurável estrada evolutiva. E assim, superado o desencanto inicial, recebo e agradeço ao Universo a lição finalmente compreendida. Se muito de mim dei, muito mais ganhei. E é com humildade, atenção e gratidão que compartilho duas lições: A primeira, a preemente e indispensável atenção capaz de conceder a percepção para eparar o joio do trigo. A segunda, mais importante do que a anterior, a de manter obrigatoriamente imunidade ao contágio de inimigos interiores alheios. Graças. Deus, Deusa e Amor Universal pelo valioso ensinamento concedido.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pedido ao Destino

Nada pedir ao destino. Não, nada mais pedirei ao destino. Eis que ele, ela (ou quem?) A mim tudo provê E mostra. Nossos ganhos são tanto e tão imensos, E ignorados. Nossas dúvidas infantis, Nossas dores egoístas, Nossos sonhos miúdos. Não mais, Nada e a ninguém Pedirei por e para mim. Talvez não consiga, de pronto, Abandonar o vício da súplica. Pedirei, sim, Só ao Deus, à Deusa, Ao Universo, Fé, lucidez e desapego, E um tantinho de felicidade Para meus amores daqui. Ah, e ainda me abuso, E se for da Vontade Divina, Que possa ainda ensinar O bem pouquinho que me foi ensinado. Que me seja sempre apontado o bom rumo E que minha compreensão seja Do tamanho de meu merecimento.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O Saber dos Elementos - Água (I)

Hoje foi um dia atípico. Apesar da previsão de chuvas com possibilidade de temporais, a forte chuva que começou na primeira hora da madrugada foi de intensidade poucas vezes vista. Não só em volume, mas também na duração de suas preciitações, bem mais longas do que habitualmente ocorre. Diria ainda mais: Não percebi, no correr do dia, algum momento "seco". Ao ser citado, o elemento água traz imediatamente alguns de seus significados: Água lembra vida, limpeza, saciedade, fartura, entre outras tantas associações ou conexões. Mas também lembra transformação, mudança, destruição, morte. A vida no Planeta Terra teve seu berço na água. Evoluímos, até finalmente alcançar a terra firme, mas sempre dependendo da água. Somos gerados, nós, vertebrados, envoltos em líquido aquoso, até adquirmos a condição necessária para sobreviver no meio externo. Fica aqui o registro de uma dúvida: Bactérias anaeróbicas, em algum momento de seu desenvolvimento precisam de água? Nem em seu citoplasma?
Mas voltando à necessidade do elemento como fonte de vida e sobrevivência, pouco lembramos de sua formidável capacidade de arrasar, em poucos instantes, obras humanas, modificar cursos, inundar e carregar materiais construídos ou naturais. Ouve-se, quando o elemento Água toma a si a correção dos desmandos humanos, do desrespeito à natureza, do descaso e da ganância. queixas. Já ouvimos queixas sobre bueiros que transbordam (porque são costumeiramente entupidos de lixo), queixas do que chamam de "fúria das águas" derrubando construções em encostas desnmatadas, arrastando pontes, cavando crateras em estradas. Encheria páginas sobre as respostas que o Elemento água nos dá, e outro tanto justificando cada uma delas. Falei acima dos aspectos materiais, visíveis fisicamente, plausíveis e incontestes, embora ignorados por quase todos. Sem esqucer ertos comentários produzidos por seres obtusos, simplórios ou mal-intencionados sobre a"crueldade das águas", os prejuízos causados e o sofrimento de quem é atingido por inundaçõs... mas que moram, poluem e contaminam as margens de rios, lagos, cursos dágua. Sim, são ignorantes. Mas dependem e vivem da mesma água destroem. Outros ainda mais perversos são os que, deliberadamente exploram as águas de forma criminosa e nem tão clandestina. Arrancando areia do leito dos rios, o que altera todo o ecosistema. Que planejam suas empresas poluidoras próximo aos cursos d'água sem prover nenhum tipo de tratamento do lixo tóxico que despejam. Das carnificinas produzidas poela poluição em nossas águas, por esgotos sem tratamentos, água furtada à vista de todos para abastecer plantações nos latifúndios, enquanto governantes todos fazem vista grosssa. Por todos os cursos dágua que já morreram, canalizados e transformados em eesgotos,pelos grandes rios hoje agonizantes e mortos, por toda a biodiversidade aniquilada, extinta, sem volta.
Como Mulher das Águas que me sei desde muito cedo, me incomodam, irritam e agridem comportamentos como estes, e mais ainda o desprezo coccm que são/somos trtados cada vez que manifestamos nossa opinião. De sua majestosa e explícita maneira de nos trazer, à vista, o que recuamos enxergar. POr isto, a cada tempestade, saúdo e reverencio o Elemento Água, com todas as transformações que trazem com elas. Saúdo, molho minhas mãos (ou me banho), colho dela algumas gotas preciosas. Cultuo ao Elemento água, ainda mais quando em sua forma impetuosa, acompanhada pelos tambores celestes, soberbos em sua música divina, e aos luzeiros rápidos, capazes de nos mostrar, com os olhos (também do corpo) e da alma, muito mais do que qualquer outra luz. Basta nos dispormos a enxergar, e interpretar nossas visões. Sem pressa, sem ansiedade. Dias e noites de tempestades são tão poderosos que, somente em momentos de intenso temporal podemos, conhecedores do ritual adequado, desatar nós oriundos da baixa magia. Ressaltando sempre que só nos enrodilham encantamentos e conjurações de baixa magia que permitimos alimentar algum ou alguns inmigos interiores. Fórmula do encantamento? Considero uma ação de extrema responsabilidade, e portanto, não será postada. Além desta precaução, ainda cabe alertar que cada homem ou mulher deve, como primeiro passo, identificar seu elemento, e isto não se trata apenas de simpatia ou correlação com signos astrológicos, entidades protetoras de outras religiões e nem será revelado em oráculos operados por não-iniciados na arte da Magia Branca. Mas algumas dicas podem ser úteis; Sempre que pressentir uma tempestade, faça, com suas próprias palavras, uma saudação ao Elemento Água, às Elementais que lhe formam, constituem e movimentam (as ondinas), às Mulheres das águas (que habitam rios, lagos, lagoas, mares, oceanos e inclusive águas subterrâneas. Dedique alguns minutos antes da tempestade a desejar, de forma ardente e sincera, que a humanidade tome consciência acerca dos males e violências infringidas a´Elemento Água. E, por que não, pense seriamente em alguma ação por menos impactante ou visível que seja, a colaborar para isto. Pode ser fechar a pia ao escovar os dentes ou louça, aproveitar alguma água já usada ppara fins que não exijam água limpa, não deixar papéis jpgados na rua próximos a bueiros, ou, quem sabe, partir para alguma ação mais visível. Que talvez possa ser, sabe-se lá, partilhar conosco do culto, celebração e limpeza astral em alguma tempestade.

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Os sete inimigos que nos habitam

Os sete inimigos interiores Nascemos com eles adormecidos em nossa alma. De nossas atitudes, pensamentos e desejos dependem nossa vitória ou derrota. São,inicialmente características trazidas de vidas passadas. Alguns inimigos já receberam algum tipo de tratamento, enquanto estivemos na erraticidade. Estão conosco, latentes, por várias causas. Foram trabalhados por nós e nossos mentores antes do retorno ao corpo físico, minimizados, dependendo de nossa disposição em prosseguir na luta por sua minimização ou eliminação. Podem estar conosco como obstáccuos a vencer. Ou foram cultivados por sucessivas vidas físicas e espirituais, fortemente enraizados em nossa alma, determinando características de personalidade e trajetória. Sua forma perispiritual assemelha-se a um corpo humano comquatro braços. sua representação física, seu anagrama, assemelha-se à estrela de sete pontas. Conforme sua maior ou menor dominação estas pontas podem alargar-se ou adelgar-se. Mas nosso inimigo mais forte está localizado sempre próximo ao chacra coronariano, ou seja, junto a nossa cabeça. Conforme a influência e fortalecimento, dependendo da energia necessária para isto, os inimigos podem, inclusive, alternar sua disposição, de acordo com o tipo de energias relacionadas a cada chacra. Estes inimigos interiores entrelaçam em nós. O fundamental é entendermos qual deles nos domina. Por vezes, mais de um. Cada inimigo interior pode ser desdobrado e apresentar diferentes faces, dificultando sua identificação. A avareza A auto- piedade O egoísmo A luxúria O orgulho A preguiça A vaidade A pena de si próprio significa não só baixa autoestima. O sentimento de carência acompanha sempre Aquele que alimenta este inimigo. Sentir-se incapaz também conduz a alma a responsabilizar outras pessoas por seus fracassos, exigir atenção especial. Quem tem piedade por si mesmo entende-se merecedor de cuidados, carinhos, bens especiais. E quando não os recebe, costuma trocar sua aparente humildade por raiva, ódio, agressões. A vaidade não se resume a aparência, mas sim à necessidade de admiração. O vaidoso não aceita o fato de outros possuírem capacidades iguais ou maiores que a sua. A vaidade física pode ser fatal para o corpo. A vaidade estimula o egoísmo, a luxúria e o orgulho. O egoísmo desdobra-se em qualquer situação onde um humano julga-se superior a outro, o que justifica as guerras, trapaças, crises, o desprezo por outros humanos. Ou pelo próprio planeta. Não importa ao egoísta a fome alheia, a miséria, desde que ele tenha suas necessidades atendidas. O egoísmo ainda alimenta a carência, que nada mais é do que a exigência de ser atendido. Al Luxúria não se concentra só na sensualidade, mas no abuso de drogas e álcool, nos excessos de comidas e outros prazeres, incluindo o convencimento de pessoas para fins de satisfação sexual com o posterior abandono. O orgulho é a certeza da superioridade de raças, pessoas e grupos. O orgulho tem nuances da autopiedade, do egoísmo, da preguiça, da luxúria. Ao orgulhoso tudo é permitido, pois os outros são inferiores. Não se trata do orgulho natural e sadio de quem se orgulha de uma conquista, mas dos que julgam superiores por sua nacionalidade, cor, sexo, etc. A preguiça pode ser desdobrada em outras inúmeras chagas espirituais. Dela deriva a covardia, o descaso, a exploração do homem pelo homem, a sobrecarga do trabalho alheio. Ter pena de si traz ao preguiçoso incorporar outros inimigos interiores, enredando ainda mais o humano. A avareza desdobra-se em várias atitudes. É avarento o que estuda, aprende e guarda este conhecimento. É avarento quem prioriza suas necessidades, mesmo assistindo a miséria alheia. É avarento aquele que nega atenção e carinho a quem lhe cabe responsabilizar. É avarento aquele que espera que outros assumam suas responsabilidades. Estes são nossos sete inimigos interiores, a estrela marrom de sete pontas. Decifrar qual deles é nosso maior inimigo é o desafio. Um aviso: Quando começamos esta observação somos tentados a analisar os outros, para justificar nossas ações. É só mais uma artimanha das trevas, nossa tratativa é conosco!

Mensagem Guarani Kaiowá